Governo encerra Sala de Situação sobre metanol após queda de casos

O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (8), o fim da Sala de Situação criada em outubro para monitorar a escalada dos casos de intoxicação por metanol no país. A decisão ocorre após a redução de novos casos e óbitos registrados nas últimas semanas.

Mauá registra caso de intoxicação por metanol associada a consumo de licor

Segundo levantamento do Governo, o último caso confirmado foi no dia 26 de novembro. Apesar do encerramento da estrutura emergencial, a pasta afirma que o monitoramento seguirá como prioridade e que todos os estados estão abastecidos com antídotos e capacidade ampliada de diagnóstico.

De acordo com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “o país respondeu de forma rápida, coordenada e eficaz, garantindo diagnóstico, assistência e distribuição de antídoto a todos os estados”. Padilha destaca ainda que o monitoramento continuará sendo prioridade: “mesmo com o encerramento da Sala de Situação, seguimos atentos e preparados. O cuidado permanece, e a vigilância segue sem qualquer interrupção”, esclareceu.

A Sala de Situação foi instalada em primeiro de outubro, poucos dias após o surgimento dos casos iniciais, o primeiro caso sobre o surto de intoxicações havia sido feito no dia 26 de setembro.

Casos de intoxicação por metanol

Entre 26 de setembro e 05 de dezembro de 2025, foram registradas 890 notificações relacionadas à intoxicação por metanol.

  • 73 foram confirmados;
  • 29 são suspeitos e continuam sendo analisadas;
  • 788 foram descartados, por não haver indício de metanol

Estados mais afetados

  • São Paulo (578 casos notificados e 50 confirmados) — principal epicentro;
  • Pernambuco (109 casos notificados; 8 confirmados);
  • Paraná (6 confirmados);
  • Mato Grosso (6 confirmados);
  • Bahia (2 confirmados);
  •  Rio Grande do Sul (1 confirmado)

Ao todo, 22 óbitos foram confirmados por meio de intoxicação do metanol: 10 em São Paulo; 3 no Paraná; 5 em Pernambuco; 1 na Bahia e 3 em Mato Grosso. Outros 9 óbitos continuam em investigação.

 

*Sob supervisão de Pedro Osorio

VER NA FONTE