O Brasil busca apresentar uma nova perspectiva sobre a relação entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico durante a COP30, realizada em Belém, no Pará. A análise é de Fernando Nakagawa no Bastidores CNN.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou no discurso na abertura do evento que os gastos globais com guerras e armamentos superam significativamente os investimentos em preservação: “É mais barato acabar com o problema climático do que fazer guerra”, declarou.
Segundo o analista de economia da CNN, é gasto muito mais dinheiro com a pauta armamentista e de defesa do que com o meio ambiente. A razão disso seria que esse investimento gera um impacto econômico em uma cadeia que é muito longa.
“O Brasil tenta mostrar que manter a floresta em pé também pode ter impacto e uma longa cadeia de benefício para a economia, não apenas para quem preserva, mas também em outras áreas”, diz Nakagawa.
O Brasil apresentou um documento detalhado, conhecido como roadmap, com mais de 80 páginas, que transforma as propostas aprovadas na COP29, em Baku, capital do Azerbaijão, em medidas práticas.
“A iniciativa visa incorporar a questão climática como elemento fundamental nas decisões econômicas, gerando reflexos positivos além da questão climática“, afirma o especialista.
Uma das propostas apresentadas inclui a reformulação do funcionamento do sistema bancário, visando gerar impactos positivos para o clima. Nakagawa explica que esta abordagem seria replicada em diversos outros setores para estabelecer uma nova relação entre preservação e desenvolvimento.