O julgamento sobre um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022 pode ganhar um novo capítulo na próxima semana, com a possível divergência do ministro Luiz Fux em relação aos seus colegas do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise é de Pedro Venceslau no CNN 360°.
A análise aponta que, embora exista a possibilidade de divergência por parte de Fux, é pouco provável que isso resulte em um atraso significativo do processo. A expectativa é que o ministro opte por registrar sua posição divergente durante seu voto, sem necessariamente recorrer a mecanismos que possam prolongar o julgamento.
Mesmo que haja dois votos divergentes, não necessariamente focados apenas no mérito da absolvição, existe a possibilidade de o caso ser levado ao plenário. No entanto, a maioria dos especialistas do meio jurídico e político considera essa hipótese bastante remota.
Em caso de pedido de vista por parte de Fux, os demais ministros têm a prerrogativa de antecipar seus votos, o que poderia gerar um constrangimento para o ministro divergente. Além disso, considera-se que houve tempo suficiente para análise dos autos e das provas apresentadas no processo.
A previsão é que o julgamento mantenha um ritmo célere, com possibilidade de conclusão ainda em setembro. Após a decisão, serão observados os possíveis desdobramentos políticos no Congresso Nacional.
