O governo de Taiwan condenou a China por realizar exercícios militares ao redor da ilha nesta segunda-feira (29), mobilizando tropas, navios de guerra, caças e artilharia.
“O Exército de Libertação do Povo Chinês, conduzindo exercícios militares direcionados em todo o nosso país, não só mina brutalmente o atual estado de segurança e estabilidade no Estreito de Taiwan e na região Indo-Pacífico, mas também é um desafio aberto ao direito internacional e à ordem internacional”, disse Karen Kuo, porta-voz do Gabinete Presidencial de Taiwan, em uma declaração em vídeo.
Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, foram detectados 14 navios da Guarda Costeira chinesa, além de 89 aeronaves e drones, dos quais 67 teriam entrado na área de resposta de Taiwan. A pasta afirmou que os exercícios incluem as águas territoriais de Taiwan e rotas aéreas internacionais e podem afetar voos e navios comerciais.
O ministério taiwanês também afirmou que autorizou as tropas da linha de frente a responder de acordo com as condições de ameaça.
Esta é a sexta rodada de jogos de guerra da China desde que a então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Taiwan em 2022.
Pequim também tem intensificado suas reivindicações territoriais depois que a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sugeriu que um eventual ataque chinês a Taiwan poderia desencadear uma resposta militar do Japão.
Os exercícios militares começaram 11 dias depois de os EUA anunciarem um pacote de US$ 11,1 bilhões em armas para Taiwan, a maior venda militar na história da ilha. A aprovação foi criticada pelo Ministério da Defesa da China, que avisou que os militares “tomariam medidas enérgicas” como resposta.