Sintomas da gripe K são similares ao de outras gripes, diz especialista

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global após o aumento de casos de gripe K, infecção causada pelo vírus influenza A (H3N2), no Hemisfério Norte. Em entrevista à CNN Brasil, a infectologista Rosana Ritchmann explicou que os sintomas da gripe K são similares aos de outras gripes do tipo influenza.

“O sintoma que você vai ter vai ser igual às outras gripes que provavelmente você já teve. Ou seja, começa com a febre, febre alta, dor no corpo, dor de garganta, os sintomas clássicos da gripe”, esclareceu Ritchmann.

 

 

Um ponto importante destacado pela especialista é o período de transmissão do vírus. “O problema é que muitas vezes, um dia antes de você ter os sintomas, você já está eventualmente transmitindo”, alertou. Essa característica dificulta o controle da disseminação, já que as pessoas podem contaminar outras sem saber que estão infectadas.

Recomendações para quem apresenta sintomas

A infectologista enfatizou a importância de medidas preventivas para evitar a propagação do vírus. “Mas você começou com os sintomas, independente de ser gripe K ou gripe A, o importante é: não contamine as outras pessoas. Então, não saia para vir trabalhar, por exemplo”, orientou.

Segundo Ritchmann, buscar atendimento médico é fundamental: “Se possível, procure o médico, porque em termos do tratamento não muda nada [em relação à gripe comum]”. Ela também destacou que o medicamento Zeltamivir (nome comercial Tamiflu), antiviral utilizado para tratar a influenza, continua sendo eficaz contra a gripe K, conforme observado no Hemisfério Norte.

Para o diagnóstico preciso, a especialista recomenda a realização de testes, embora clinicamente não seja possível diferenciar a gripe K de outros tipos de influenza apenas pelos sintomas. “O ideal seria, sim, fazer testes e o mais importante é fazer a vigilância para saber se entrou, por exemplo, nós estamos em São Paulo, entrou aqui em São Paulo esse vírus?”, explicou.

Ritchmann concluiu ressaltando a importância da prevenção a longo prazo: “E o mais importante que a gente tem que se preparar é, sem dúvida, fazer a nossa lição de casa, que é a vacinação em 2026”.

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