
O trabalho de caminhoneiro segue sendo considerado difícil e afastando novos talentos. É o que evidencia a Pesquisa Nacional CNTA sobre a Realidade do Transportador Autônomo de Cargas 2025, que foi apresentada pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) durante audiência pública da Comissão de Viação e Transportes (CVT) na Câmara dos Deputados.
Essa é a terceira edição do levantamento, que começou em 2022, abrangendo aspectos sociais, financeiros, pessoais e suas opiniões, permitindo compreender de forma autêntica e ampla os seus desafios e perspectivas no setor.
A pesquisa mostra que os caminhoneiros no Brasil têm idade média alta, na casa de 46 anos, destacando que o número de profissionais abaixo dos 30 anos é muito pequeno, cerca de 3,6% do total.
Essa distância entre a profissão e os profissionais mais jovens se dá por conta, especialmente, das dificuldades das estradas e das longas jornadas ao volante. A maioria dos profissionais diz que trabalha entre 12 e 17 horas por dia (80,5%).
Além disso, a maioria das viagens mantém o caminhoneiro longe de cada por períodos muito longos, superiores a 16 dias.
Quase metade dos profissionais também afirma que não tira férias, e os que tem férias ficam poucos dias longe do volante.
Na questão da remuneração, os profissionais autônomos entrevistados para a pesquisa afirmam que faturam, em média, R$ 46 mil por mês (bruto), conseguindo um salário médio mensal (faturamento líquido) de R$ 14 mil.
Outros destaques da pesquisa mostram que os caminhoneiros cuidam pouco da saúde, procurando médicos apenas quanto estão doentes, e 56,7% do total tem alguma comorbidade, como pressão alta, sobrepeso ou problemas de visão.
E a quantidade de motoristas que não realiza nenhuma atividade física também é alarmante. 86,5% do total de entrevistados destaca que não faz nenhuma atividade, e apenas 0,9% do total pratica algum exercício três vezes ou mais por semana.
Para ver todos os detalhes da pesquisa, acesse o link 3ª PESQUISA NACIONAL CNTA – Realidade do Transportador Autônomo de Cargas 2025.