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O Spotify anunciou nesta quarta-feira, 10, que está testando uma forma de dar mais controle ao usuário sobre o próprio algoritmo. O recurso, chamado Prompted Playlists, promete permitir que o assinante descreva em texto o tipo de playlist que deseja e a inteligência artificial da plataforma montaria tudo sozinha, usando não apenas os gostos atuais do usuário, mas todo o seu histórico de reprodução desde o primeiro dia na plataforma.
A proposta é uma evolução das playlists com IA lançadas no ano passado, que também funcionavam com comandos escritos. A diferença, segundo o Spotify, é que agora os prompts podem ser muito mais longos e específicos. A ferramenta compreenderia instruções mais detalhadas porque incorporaria “conhecimento de mundo”, de acordo com a empresa, algo que permitiria entender referências mais amplas, contextos culturais e até atividades cotidianas.
Outra mudança relevante é que o usuário poderia definir com que frequência a playlist será atualizada, diariamente, semanalmente ou em períodos maiores. Isso aproxima a experiência de algo como o Discover Weekly, só que totalmente customizado, focado em um gênero, em um recorte de tempo ou em um mood específico.
Como o recurso funcionaria na prática?
O Spotify cita alguns exemplos: pedir “músicas dos meus artistas preferidos dos últimos cinco anos, incluindo faixas mais escondidas que ainda não ouvi”, ou descrever uma rotina completa, como “pop e hip-hop energéticos para uma corrida de 30 minutos, mantendo o ritmo estável e depois relaxando no final”. Também seria possível solicitar playlists temáticas, como músicas de filmes e séries do ano que combinem com o seu gosto.
O recurso ainda promete que o assinante vá refinando o prompt quantas vezes quiser, ajustando detalhes até chegar ao resultado ideal. E cada playlist viria acompanhada de explicações e descrições que mostrariam por que cada faixa foi recomendada. O Spotify também afirma que oferecerá sugestões de prompts para quem estiver começando.
Por enquanto, as Prompted Playlists estreiam em fase beta, apenas para assinantes Premium na Nova Zelândia, e estarão disponíveis inicialmente apenas em inglês.
