O investimento bilionário da Disney em plataforma de inteligência artificial

A The Walt Disney Company se juntou à OpenAI, detentora do ChatGPT, em um acordo que permite o uso de personagens da Disney no Sora, uma plataforma de vídeos curtos da empresa feitos com IA generativa. O acordo de licenciamento dura três anos e estabelece que personagens podem ser usados para vídeos curtos para redes sociais, solicitados pelo próprio usuário. A expectativa é que esses vídeos entrem para a plataforma do Disney+ já em 2026 e possam mudar a experiência dos assinantes com personagens e histórias icônicas do universo Disney.

Com o acordo, a Disney se torna a primeira parceira do Sora, além de investidora: a gigante do entretenimento desembolsará 1 bilhão de dólares em ações da OpenAI e poderá adquirir ações adicionais por meio de warrants recebidos da empresa. Além disso, trocará dados e funcionalidades com os softwares da OpenAI para criar novos produtos. 

“O rápido avanço da inteligência artificial marca um momento importante para o nosso setor e, por meio desta colaboração com a OpenAI, ampliaremos de forma ponderada e responsável o alcance de nossas narrativas por meio da IA ​​generativa, respeitando e protegendo os criadores e suas obras. Unir as histórias e personagens icônicos da Disney com a tecnologia inovadora da OpenAI coloca a imaginação e a criatividade diretamente nas mãos dos fãs da Disney de maneiras nunca antes vistas, proporcionando-lhes formas mais ricas e pessoais de se conectar com os personagens e histórias da Disney que amam”, afirmou Robert A. Iger, CEO da The Walt Disney Company. Imagens e vozes de artistas reais não entram no acordo. 

Personagens da Disney, Marvel, Pixar e da saga Star Wars entram na lista: Mickey Mouse, Lilo & Stitch, Ariel, Darth Vader, Luke Skywalker, Yoda, Loki, Thanos, Capitão América, personagens de Divertida Mente, Monstros S.A e Zootopia são alguns dos nomes que poderão ser utilizados para a criação de vídeos curtos.

A indústria do entretenimento tem se aberto cada vez mais às empresas de inteligência artificial. No final de novembro, foi informado que a Warner Music Group (WMG) anunciou um acordo com a plataforma de inteligência artificial Suno, que permite o uso de músicas da WMG para treinamento da base de dados da empresa. Do outro lado da moeda, artistas têm se posicionado contra essa abertura. Recentemente, o ex-beatle Paul McCartney confirmou que iria compor uma faixa praticamente silenciosa de 2 minutos e 45 segundos para o compilado Is This What We Want?, um álbum protesto contra a tentativa do governo britânico de alterar a lei de direitos autorais. Além dele, mais de 1 000 artistas se juntam a essa causa, incluindo Damon Albarn, Elton John e Kate Bush.

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