Google planeja lançar seus primeiros óculos com inteligência artificial em 2026

O Google anunciou que pretende lançar seus primeiros óculos com inteligência artificial em 2026. A empresa confirmou que trabalha em dois modelos distintos: um sem tela, voltado para assistência por áudio, e outro com um display embutido nas lentes, capaz de exibir informações como direções de navegação e legendas em tempo real. Os dispositivos serão integrados ao sistema Android XR e ao assistente de IA Gemini.

A iniciativa marca o retorno do Google ao mercado de óculos inteligentes mais de uma década após o lançamento do Google Glass, que acabou descontinuado por questões de custo, privacidade, estética e baixa adesão do público. Agora, a estratégia inclui parcerias com Samsung, Gentle Monster e Warby Parker, marca com a qual o Google assumiu um compromisso financeiro de até 150 milhões de dólares para apoiar o desenvolvimento e a comercialização dos produtos.

Como serão os novos óculos do Google?

Segundo a empresa, um dos modelos em desenvolvimento será voltado para uso sem tela, com microfones, alto-falantes e câmeras embutidos, permitindo que o usuário interaja com o Gemini por voz, tire fotos e receba respostas em tempo real. O segundo modelo trará um visor nas lentes, visível apenas para quem estiver usando, capaz de exibir rotas, traduções e outras informações contextuais.

O Google também apresentou um protótipo intermediário, batizado de Project Aura, desenvolvido em parceria com a Xreal. Nesse caso, os óculos funcionam conectados por fio e podem ser usados como uma estação de trabalho ou entretenimento, permitindo o uso de aplicativos do Google e a reprodução de vídeos.

Todos os modelos serão baseados no Android XR, sistema operacional dedicado a dispositivos de realidade estendida, que também equipa o headset Galaxy XR, da Samsung.

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O que mudou desde o fracasso do Google Glass?

O Google Glass foi lançado em 2013 com a promessa de ser o futuro da computação pessoal, mas acabou enfrentando resistência do público. O design considerado pouco discreto, as preocupações com privacidade, o alto preço e a limitação dos recursos levaram ao encerramento da versão para consumidores em 2015. Uma versão corporativa ainda resistiu até 2023, mas também foi descontinuada.

Desta vez, a aposta do Google está diretamente ligada à maturidade da inteligência artificial. Segundo a empresa, a evolução dos modelos de IA permite que os óculos ofereçam ajuda contínua sem se tornarem intrusivos. A ideia é que a tecnologia esteja presente de forma quase imperceptível na rotina do usuário.

A empresa ainda não divulgou informações exatas, como data, preço, quais versões serão lançadas primeiro nem os países que devem receber os produtos inicialmente.

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