Um homem italiano de 57 anos foi acusado de se passar pela mãe enquanto renovava os documentos da idosa para manter o recebimento da pensão.
O homem, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades, é filho de Graziella Dall’Oglio, que morreu em 2022, aos 82 anos, na cidade de Borgo Virgilio, perto de Mântua, informou um porta-voz da delegacia de polícia italiana à CNN nesta terça-feira (25).
Quando o documento de identidade da idosa expirou, o filho se maquiou, colocou uma peruca e vestiu as roupas dela para se passar pela mãe e renovar o documento, processo que precisa ser feito pessoalmente na Itália, disse o porta-voz.
Foram os pelos escuros na nuca, nas mãos e no queixo que alertaram as autoridades do crime.
No entanto, o agente que processou o pedido suspeitou de irregularidades e notificou as autoridades, que convocaram a suposta Sra. Dall’Oglio de volta ao escritório municipal.
A polícia afirma que o homem, um ex-enfermeiro atualmente desempregado, não comunicou o falecimento da mãe às autoridades.
Imagens de câmeras de vigilância do estacionamento mostram que o homem dirigiu até o escritório vestido como sua mãe, apesar da idosa não possuir carteira de habilitação.
Os policiais então foram até a residência da idosa e encontraram seu corpo mumificado no armário da lavanderia, envolto em sacos de dormir.
O homem é acusado de ocultação de cadáver, fraude contra o Estado, falsa identidade e falsificação de documento público, além de suspeito de retirar fluidos do corpo de sua mãe com uma seringa para impedir a decomposição.
Uma autópsia foi solicitada para determinar a causa da morte, disse o porta-voz.
Ele permanece detido em uma prisão local enquanto os promotores aguardam os resultados da autópsia, disse o porta-voz da polícia à CNN.
A fraude contra a previdência social é comum na Itália, com dezenas de pessoas presas todos os anos por se passarem por alguém falecido para receberem pensões, de acordo com estatísticas da polícia financeira italiana, conhecida como Guardia di Finanza.
Como os registros de óbitos e os serviços públicos do país nem sempre estão sincronizados, pode levar anos para que as mortes sejam registradas, o que significa que os cheques de pensão continuam sendo enviados até que alguém notifique o escritório local da previdência responsável por eles.