Prédio de 15 andares alvo do Exército de Israel era complexo residencial

A Torre Al Sousi, o arranha-céu atingido pelas forças militares israelenses no sábado (6), era um prédio residencial que abrigava apartamentos com famílias palestinas.

O Exército israelense emitiu uma ordem de retirada cerca de uma hora antes de atacar a torre, que fica em frente a um edifício usado pela agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA. Na ordem, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Avichay Adraee, pediu que os moradores deixassem a área e seguissem para o sul, em direção a Mawasi, ao sul de Khan Younis.

Antes de 2021, a Torre Al Sousi, de 15 andares, abrigava um escritório usado pelo Ministério das Relações Exteriores, administrado pelo Hamas. Jornalistas estrangeiros costumavam visitar esse escritório para solicitar formalmente permissões de entrada em Gaza.

O Escritório de Mídia do Governo (GMO), liderado pelo Hamas em Gaza, condenou os recentes ataques de Israel à infraestrutura de prédios altos em um comunicado no sábado, afirmando que nega “categoricamente” as alegações de “presença de atividades militares ou infraestrutura terrorista” nesses edifícios.

Na sexta-feira (5), o Exército israelense havia atacado outro prédio alto na parte oeste da Cidade de Gaza, a Torre Al Mushtaha, próxima a acampamentos onde palestinos deslocados estavam abrigados.

O GMO afirmou em seu comunicado que blocos como a Torre Al Sousi são “rigorosamente monitorados” e que “a entrada é permitida exclusivamente a civis”, negando a presença de “equipamentos, armas ou fortificações”.

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