Tarcísio leva pleito à Casa Branca e defende negociação contra tarifaço

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, intensificou os esforços diplomáticos para conter os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

Em nova declaração pública nesta quinta-feira (28), ele afirmou que está buscando diálogo direto com autoridades americanas, inclusive levando o pleito à Casa Branca e defendeu uma “negociação agressiva” para proteger setores estratégicos da economia paulista.

“Essa semana eu tive a oportunidade de conversar com o governador da Geórgia para levar esse pleito lá para a Casa Branca. A gente tem procurado falar com pessoas também do governo americano para que a gente possa criar um ambiente para negociar.”

Tarcísio detalhou os efeitos das tarifas sobre segmentos exportadores para os EUA, especialmente os de alto valor agregado. Segundo ele, o impacto se espalha por cadeias produtivas como metal-mecânico, máquinas, equipamentos, aço, café, proteína animal, papel e celulose.

Como resposta, o governo paulista estuda medidas fiscais para mitigar os prejuízos.

“Uma medida que a gente pode estar estudando é um alívio na questão do ICMS e isso já está na mesa, está na pauta. Existem empresas aqui do nosso setor metal-mecânico, empresas de máquinas e equipamentos que exportam máquinas para os Estados Unidos, no entanto importam motores e importam eletrônica. E o efeito em cadeia é muito ruim, porque quando você mexe com o setor desses, você está mexendo também com o setor de aços planos, então você irradia o impacto para vários outros setores da nossa economia.”

O governador também comparou os perfis das exportações brasileiras para os Estados Unidos e para a China, destacando o risco de dependência comercial com o país asiático. Segundo ele, enquanto a pauta exportadora para os EUA é diversificada e envolve setores de maior valor agregado, a relação com a China está concentrada em poucos produtos.

“A pauta de exportação para os Estados Unidos é uma pauta. Um terço daquilo que a gente exporta para a China, mas a exportação para a China está concentrada basicamente em três produtos. A pauta de exportação para os Estados Unidos é muito diversificada, mexe com vários setores e principalmente setores de alto valor agregado. Por isso, pega em cheio.”

A fala reforça a estratégia do governo paulista de buscar alternativas diplomáticas e fiscais para enfrentar o tarifaço, enquanto tenta preservar o fluxo de investimentos e a competitividade da indústria local.

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