O deputado federal e relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), estabeleceu as diretrizes principais da investigação, enfatizando que o foco será o rastreamento dos recursos públicos envolvidos em possíveis irregularidades.
Durante sua participação em entrevista, Gaspar destacou que “ninguém tem mais legitimidade do que o parlamento brasileiro para discutir o que acontece na nação”.
O relator reforçou que a condução dos trabalhos será pautada por critérios estritamente técnicos, baseando-se nas provas apresentadas.
Investigação financeira
A principal linha de investigação, segundo Gaspar, será seguir o rastro do dinheiro público. “Queremos seguir o caminho do dinheiro e saber para onde ele foi parar”, afirmou o relator, demonstrando o compromisso com a transparência na apuração dos fatos.
A CPMI do INSS surge em um momento de debate sobre a gestão dos recursos previdenciários no país.
A comissão tem como objetivo investigar possíveis irregularidades e propor medidas para aprimorar a administração do Instituto, que é responsável pelo pagamento de benefícios a milhões de brasileiros.
Cronologia das investigações
A CPMI pretende examinar as gestões do INSS e do Ministério da Previdência desde o período do governo Dilma, passando pelas administrações de Michel Temer e incluindo as gestões mais recentes. O objetivo é identificar a origem das fraudes e determinar as responsabilidades tanto de servidores públicos quanto de ocupantes de cargos políticos.
Uma série de requerimentos já foi apresentada à comissão, incluindo pedidos de convocação e convites para depoimentos. O presidente da CPMI planeja realizar uma análise criteriosa desses documentos para estabelecer as prioridades nas investigações, mantendo o foco nos aspectos técnicos e evitando disputas ideológicas.
A investigação buscará compreender o funcionamento dos mecanismos de fraude no sistema previdenciário e identificar possíveis falhas nos processos de fiscalização e controle ao longo dos diferentes governos. A comissão também deverá avaliar o nível de conhecimento e eventual omissão dos gestores que ocuparam posições de liderança no órgão durante o período analisado.