Alckmin: Se depender de nós, tarifaço acaba amanhã

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado (23) que o Brasil segue negociando com os Estados Unidos a redução das tarifas de mais produtos e que, se depender do governo brasileiro, o tarifaço “acaba amanhã”.

Durante visita a uma concessionária em São Paulo, Alckmin — que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços — comemorou o impacto do IPI zero e o aumento nas vendas de veículos.

Ele destacou ainda a retirada de produtos com aço e alumínio da lista de sobretaxas americanas, que passam a ser enquadrados na Seção 232, com alíquota igual à aplicada a outros países, exceto Estados Unidos e Reino Unido.

“Isso ajuda na competitividade de tudo o que tem aço e alumínio: máquinas, retroescavadeiras, motocicletas, produtos industriais”, afirmou.

Alckmin também anunciou a ampliação do plano de contingência para empresas afetadas pelas tarifas. O BNDES aumentou de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões o volume de crédito disponível.

“Vamos atender mais empresas, mesmo aquelas que não exportam tanto”, disse.

Negociações seguem

O vice-presidente ressaltou que o diálogo com a Casa Branca continua e que há espaço para ampliar a lista de isenções e reduzir alíquotas de outros produtos.

“O trabalho é esse: diálogo e negociação. Sempre tem espaço para entendimento”, afirmou. Questionado sobre possíveis contrapartidas, Alckmin não descartou incluir combustíveis nas conversas.

Ele também mencionou outras frentes de cooperação, como biocombustíveis, minerais estratégicos e o mercado de Cbios, que envolve empresas americanas.

Alckmin informou ainda que viajará ao México na próxima terça-feira (27) para ampliar a parceria comercial entre os dois países. Ele destacou o superávit brasileiro na balança com os mexicanos e disse ver potencial de crescimento em setores como energia, agroindústria, biocombustíveis e equipamentos médicos.

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