A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte de um cavalo que foi mutilado em Bananal, no interior do estado. O caso foi registrado como abuso a animal com resultado de morte.
O episódio ocorreu na tarde de sábado (16) e ganhou repercussão depois que imagens circularam nas redes sociais. Um homem de 21 anos, tutor do animal, e uma testemunha foram ouvidos nesta segunda-feira (18) e liberados em seguida.
Até o momento, ninguém foi preso.
O que pode acontecer com o suspeito?
A base legal para a punição é a Lei nº 9.605/1998. O Artigo 32 da legislação estabelece que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais é crime. A pena inicial para essa infração é de detenção de três meses a um ano, além do pagamento de multa.
No caso específico de Bananal, a situação é agravada pelo fato de o animal ter morrido. A lei determina que, quando a conduta resulta na morte do animal, a pena é aumentada de um sexto a um terço, tornando a sanção mais severa para o infrator.
Repercussão
Nas redes sociais, a ativista Luísa Mell cobrou responsabilização. “Monstros! Como pode gente? Pelo amor de Deus! Exigimos punição! Estes covardes têm que pagar! Cortaram as patas de um cavalo simplesmente porque ele não aguentava mais andar!”
Já a cantora sertaneja Ana Castela chamou o caso de covardia e também pediu mobilização popular para que o episódio ganhe repercussão e chegue às autoridades.
A Anamma (Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente) emitiu uma nota de repúdio contra a mutilação e morte do cavalo.
Animal caiu por exaustão
O cavalo morreu por exaustão após ser forçado a cavalgar 15 km. O cavalo não aguentou o percurso, caiu no chão por exaustão e morreu em seguida.
Ao perceber que o animal estava morto, Andrey procedeu à mutilação do animal, amputando-lhe duas patas com o auxílio de um facão. O homem ainda desferiu diversos golpes de faca na região do abdômen.
A justificativa apresentada pelo autor da ação foi a intenção de facilitar o lançamento do cadáver do animal ribanceira abaixo, já que era uma área de difícil acesso.
Andamento da investigação
A investigação da Polícia Civil continua em andamento. O tutor do cavalo e uma testemunha foram ouvidos pelas autoridades e, em seguida, liberados. Até o momento, ninguém foi preso pelo crime.
A Prefeitura de Bananal publicou uma nota de repúdio ao ato, informando que acionou a Delegacia de Polícia e a Polícia Ambiental assim que tomou conhecimento do caso, solicitando a apuração rigorosa dos fatos e a punição dos responsáveis.
*Com informações de Beto Souza, Julia Farias, Felipe Souza e Giovanna Machado, da CNN