Os líderes do Brics alertaram, na declaração final de líderes divulgada neste domingo (6), sobre os riscos “crescentes” de uma guerra nuclear em meio à escalada de conflitos pelo mundo.
A ameaça de uso de armas atômicas já foi feita, de forma velada ou até aberta, pelo russo Vladimir Putin como resposta ao envolvimento de potências ocidentais na Guerra da Ucrânia.
“Expressamos preocupação com os crescentes riscos de perigo e conflito nuclear”, afirma um trecho do comunicado dos líderes.
Trata-se de um ponto novo em relação às declarações anteriores do Brics, incluindo a de Kazan (Rússia) em 2024, quando esse tema não foi mencionado.
Naquela ocasião, os países-membros falaram mais vagamente sobre a necessidade de não proliferação e de desarmamento.
“Pedimos o fortalecimento da não proliferação e do desarmamento para proteger e manter a estabilidade global e a paz e segurança internacionais”, afirmaram em Kazan.
Agora, os termos foram bem mais amplos e incisivos. “Reiteramos a necessidade de fortalecer o sistema de desarmamento, controle de armas e não proliferação, e de preservar sua integridade e eficácia para alcançar a estabilidade global, a paz e a segurança internacionais”, diz a declaração do Rio.
O texto acrescenta: “Ressaltamos a contribuição significativa das zonas livres de armas nucleares para o fortalecimento do regime de não proliferação nuclear”.