Polícia Civil afasta envolvimento do PCC em ataques a ônibus em SP

A Polícia Civil de São Paulo informou em coletiva nesta quinta-feira (3) que, até o momento, não há indícios de participação de facções criminosas, como o PCC, nos ataques a ônibus registrados nas últimas semanas na capital, Grande São Paulo e litoral.

A investigação é conduzida pelo DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), que ainda busca uma motivação clara para os atentados.

“Temos ônibus de diferentes empresas atingidos, em locais e horários variados, o que nos leva a crer que não há padrão definido e nem envolvimento de organização criminosa”, afirmou o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do DEIC.

Mais de 235 ataques já foram registrados, a maioria por meio de apedrejamentos. Dois suspeitos foram presos, mas a polícia acredita que um dos casos tenha sido isolado, já que o detido apresentava sinais de crise psicológica. Já o outro suspeito foi preso em flagrante após danificar seis ônibus em Diadema, no ABC.

A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) também está envolvida na investigação para monitorar se há envolvimento de criminosos em plataformas digitais.

Diante da escalada de ocorrências, a Polícia Militar iniciou a operação “Impacto – Proteção a Coletivos”, com 7.890 policiais, 3.641 viaturas e apoio da Rocam. Somente nesta quinta, 673 motos saem do Anhembi com destino a 12 pontos estratégicos mapeados por setores de inteligência.

A Polícia Civil também mantém contato direto com a SPTrans e usa ferramentas de monitoramento digital. A população pode ajudar com informações pelo Disque-Denúncia 181.

Onda de ataques

Na capital paulista, a SPTrans informou que 35 ônibus foram depredados na noite de quarta-feira (2). Desde o dia 12 de junho, 235 veículos já foram alvos dos ataques só na capital.

Além da capital, houve registro de casos em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, e em Santo André e São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Em Cubatão, no litoral, três ônibus de viagem também foram alvos de ataque.

CNN apurou que a polícia investiga se as ações são coordenadas por grupos na internet. “A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) também está envolvida nas investigações, para monitorar a atuação dos criminosos em plataformas digitais”, disse a SSP.

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