
O caminhão pesado elétrico mais aguardado do mundo continua com problemas para finalmente entrar em produção nos Estados Unidos. De acordo com uma carta da empresa Ryder, que atua na Califórnia, para o Comitê de Revisão de Redução da Poluição Atmosférica de Fontes Móveis (MSRC) do estado, a produção do Tesla Semi deve atrasar mais, e os preços aumentarem.
O Tesla Semi foi anunciado em 2017, e deveria começar a ser produzido em 2019. Porém, uma série de problemas, como no fornecimento de baterias, construção da fábrica e outros, foram jogando o início da produção para os anos seguintes, e os últimos anúncios diziam que o caminhão entraria em produção no final de 2025.
No entanto, a carta da Ryder para o órgão ambiental da Califórnia destaca que a entrega dos caminhões poderá atrasar 28 meses do prazo original, ficando para o final de 2026. Com isso, a empresa solicitou ao comitê uma mudança no financiamento, de 42 caminhões para 18, além de três carregadores de alta potência, chamados de MegaChargers.
O valor solicitado pela Ryder é de US$ 7,5 milhões. Dividindo esse valor por 42 caminhões, o preço de cada unidade seria de US$ 178,5 mil. Com a mudança de quantidade, o preço mais do que dobrou, passando para US$ 416,6 mil por caminhão.
O preço inicial esperado para esses caminhões, lá em 2017, era praticamente o mesmo de modelos a diesel do mesmo padrão, e o Semi deveria ser oferecido em duas versões, para 500 e 800 quilômetros de autonomia. Porém, mesmo depois de tantos anos, pouco se sabe sobre os dados reais de potência e autonomia do Semi, e também sobre os valores, se serão mantidos próximos ao de modelos a diesel.
Poucas unidades do Semi foram entregues para empresas parceiras, como a Pepsico e Fritolay.